Resenha #167: 62 Modelo Para Armar - Julio Cortázar

Título: 62 Modelo para armar
Autor: Julio Cortázar
Editora: Civilização Brasileira
Edição: 4°
ISBN: 8520005551
Gênero: Romance estrangeiro
Ano: 2016
Páginas: 256
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Avaliação: 







Resenha


Julio Florencio Cortázar foi um autor argentino que viveu 69 anos e é considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo. Mestre do conto, do conto curto e da prosa poética que ganha destaque ao lado de Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe.

62 Modelo Para Armar é um livro que surgiu a partir do capitulo de número 62 do mais celebre livro do Julio Cortázar, O Jogo da Amarelinha, sendo esse ultimo recebido pela grande crítica da época de lançamento como um romance inovador por sua forma estrutural, "um labirinto literário no qual Cortázar discute os questionamentos do homem diante de seu destino, conflitos, dúvidas e paixões. Dividido em três partes, pode ser lido de diversas formas. Cada leitor cria o seu próprio livro e ritmo."



O autor não constrói uma narrativa linear, muito menos usa apenas de uma voz para escrever , o que torna plausível, e ele nos mostra dessa forma que nossa realidade não é tão simétrica como nos romances clássicos escritos de forma a ter inicio, meio e fim, tanto é que ao começar 62 (apesar de ser o começo), não temos uma contextualização de tudo, na verdade só do ambiente e dos personagens que estão ali, sem descrever quem são e suas origens.



Um dos grandes pontos dessa obra são as relações que os personagens tem entre si, relações pessoais de afeto, ou algo do tipo e os diálogos são muito humanos. Apesar de todo o "caos", conseguimos nos identificar nesses momentos e encontramos diálogos escritos de uma complexidade, mas que poderiam ter sido ditas por nós em linhas mais simples.

É um livro que tira o leitor de sua zona de conforto. Séria muita pretensão falar que compreendi tudo o que o autor quis dizer com Modelo Para Armar, mas sei que irei relê-lo e ainda embarcar no universo amplo do autor, ou seja, mais coisas dele serão lidas por mim. Digo sua escrita me fascinou de uma forma intrigante com seu estilo não certo de dizer as coisas desse nosso mundo tão surreal.



Para leitores que querem navegar pelas obras do autor, recomendo que comece pelos contos, não por 62 Modelo Para Armar porque creio que a experiencia poderá ser um tanto frustante, mas se você é corajoso, quer se arriscar e a única opção é essa, por que não, assim como eu, tentar?


Att.
Pedro Silva

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8 Comentários

  1. Oi Pedro!
    Nunca tinha ouvido falar do livro e do autor, pelo que você descreveu parece ser um livro complexo e por vezes confuso, realmente para quem gosta de uma leitura fácil e fluida, assim como eu iria querer passar bem longe do livro, a menos é claro como você mesmo disse queria sair da zona de conforto.

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  2. Também nunca tinha ouvido falar desse livro, no entanto achei surpreendente a forma como o autor escolheu sair da zona de conforto de começo meio e fim, e isso e que torna essa leitura diferente. Para mim seria uma leitura complexa, por não estar acostumada com esse gênero, e por não ter costume de ler livros de autores com escritas complexas, mas com certeza me aventuraria nessa leitura, só não sei se iria gostar tanto desse livro, como gosto desses gêneros mais novos.

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  3. Oi Pedro!
    Obrigada por sua resenha. Não conhecia esse livro e nem o autor. Realmente não me chamou a atenção, por ser uma leitura mais complexa, mas cansativa. Talvez os contos, como vc citou, sejam bem mais interessantes, no meu caso, claro. De qualquer forma, toda leitura é valida e conhecer novos autores e seus gêneros, sempre é muito bom. Abraços.

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  4. Muito louco esse livro, eu já acho que ia adorar! Aquele tipo de livro que cada vez que tu lê tem um novo entendimento, uma nova visão do que o autor tentou passar, me identifico!

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  5. Esse não conhecia, mas acho que não ficaria lá muito confortável para ler mesmo... Começaria pelos tais contos se fosse ler algo dele. Esse livro parece um tanto maluquinho para ir assim de cara sem saber nada do autor. Fica a dica né.

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  6. Confesso que não conhecia esse autor, porém se ele foi comparado ao Poe, deve ser muito bom no que faz, já que Poe é referência no assunto.
    Achei a história meio confusa rs

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  7. Oi Pedro, tudo bem?
    Eu não me interessei muito pelo livro. Acredito que não gostaria muita da escrita do autor. Dessa vez deixo a dica passar.

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  8. Oiee!
    Não gostei do livro, achei confuso, ou me deixou confusa rsrs
    Eu até gosto de livros diferentes que me tirem da zona de conforto, mas com esse não rolou aquela química, deixo pra próxima.
    Bjokas!

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